quarta-feira, 6 de julho de 2011

Um convite à Humildade

A humildade aplica-se a mim como uma criatura, como um pecador e como um santo. É fácil pegarmos o exemplo de Jesus, mas que através de Sua humildade precisamos entender os princípios em que isso é baseado e nos quais encontramos o terreno comum no qual estamos com Ele, e nos quais, portanto, nossa semelhança a Ele deve ser alcançada. Se devemos realmente ser humil­des, não somente diante de Deus, mas também diante dos homens, se a humildade deve ser nossa alegria, temos de ver que ela não é apenas a marca da vergo­nha por causa do pecado, mas, independentemente de todo pecado, humildade é estar revestido com a própria beleza e bem-aventurança do céu e de Jesus.

Lembremos-nos das palavras do próprio Jesus, citado por Mateus em seu evangelho:

E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Mateus 20:27

O fato é que todos querem ser servidos, mas poucos são os que servem. Quem verdadeiramente é servo fiel, reconhece sua posição e encontra um prazer real em suprir os desejos do mestre e seus convidados. Muitas vezes nos prendemos a situações que queremos mostrar o quão somos bons, o quão somos excelentes naquilo que fazemos, mas somente por “obrigação”. Quando penso em situações assim, me lembro de Marta e Maria quando Jesus chega a sua casa e Marta, corre para deixar tudo lindo enquanto Maria só queria ouvir a voz do Mestre.

Essa é a verdadeira atitude do servo (no termo hebraico ESCRAVO). Humildade é algo infinitamente mais profundo do que contrição, e a aceitamos como nossa participação na vida de Jesus, então, começaremos a aprender que ela é nossa verdadeira nobreza. Quando servimos o próximo e a todos, sem esperar nada em troca, provamos o mais elevado cumprimento de nosso destino como homens criados à imagem de Deus.

Na pregação e no viver, no convívio diário do lar e da vida social, na comunhão mais especial com cristãos, na direção e execução da obra de Cristo, ah! quanta prova há de que a humildade não é considerada a virtude princi­pal, a raiz da qual as graças podem crescer, a única condição indispensável da verdadeira comunhão com Jesus.

"Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, (...) que a Si mesmo se esva­ziou, assumindo a forma de servo (...) e a Si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus O exaltou sobremaneira" (Filipenses 2.5, 7b-9a).

Abordando o orgulho que está na raiz da discórdia, Paulo aponta para Cristo como exemplo supremo de humildade. Quando Jesus se esvazia, não diz que Ele tirou de si mesmo sua identidade como Deus. O significado da frase é que ele a si mesmo se humilhou, deixando seu “status celestial”, não seu ser divino. A natureza de seu esvaziar-se a si mesmo é definida nas três frases que seguem: “assumindo/tornando-se/reconhecido”. O ato do Pai (Pelo que também Deus) é uma resposta a obediência de Cristo, a sua submissão à vontade do Pai (Hb 10.5/9) é maior em se tratando daquele que é igual ao Pai do que qualquer outra pessoa.

"... Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, Que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador;
Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna" (Tito 3: 5/7)

" Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo"( II Pedro 1: 10/11)

Sejamos humildes e escravos de Cristo, pois o orgulho é competitivo por natureza e tenta elevar uma pessoa acima das outras, promovendo conflitos em lugar de harmonia. Já a humildade aceita um lugar de serviço, preocupando-se com necessidades e interesses dos outros. O amor é essencial à humildade.

Esse é um convite à humildade, a qual Jesus chama a mim e a você.







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