O que obstrúia Einstein era algo muito mais difícil: a questão do sofrimento e do mal. Sabendo que houve um "planejador", ele agonizava sobre o caráter deste planejador: Como Deus poderia ser bom e, contudo, permitir as cosias terríveis que acontecem à humanidade?
O problema do mal pode ser declarado de forma simples: se Deus é completamente bom e Todo-poderoso, Ele não permitiria que o mal e o sofrimento existissem em sua criação. Mas o mal existe. Portanto, muitas pessoas concluem que, ou Deus não é completamente bom (por isso Ele tolera o mal), ou Ele não é Todo-poderoso ( por não poder se livrar do mal, embora queira). A bíblia dá uma resposta clara para esta aparente contradição.
O grande romancista russo Fyodor Dostoyevsky trata do sofrimento dos inocentes em toda a sua pungência em seu romance Os Irmãos Karamazov. Em um desafio a seu irmão cristão, Ivan Karamazov, ele conta a história de uma jovem atormentada, e até torturada, por seus pais. Ivan então pergunta: "Você entende... porque esta infâmia deve existir e é permitida?" Ivan insistir que ele não consegue aceitar um Deus que permite o sofrimento sem sentido de uma criança. "Imagine que você está criando uma fábrica de 'destinos humanos' com o objetivo de fazer os homens felizes no final, dando-lhes a paz e o descanso, mas que seria essencial e inevitável torturar até à morte alguém que seja apenas uma pequenina criatura- aquele bebê batendo em seu peito com o punho, por exemplo- e alicerçar este edifício em suas lágrimas. Você adoraria o arquiteto nestas condições?"
A resposta deve ser não. Nenhuma pessoa sensível poderia dizer o contrário. Mas o que está errado aqui é a premissa: a pressuposição de que Deus planejaria o destino humano, e que viesse a requerer o mal como uma etapa temporária a fim de fazer as pessoas felizes no final. O Deus das Escrituras não precisa construir um inferno temporário para poder produzir o céu. Ele criou um mundo que é "muito bom" desde o início (Gn1.31). Deus não criou o mal. A bondade absoluta de Deus é um princípio essencial do pensamento cristão.
(Texto extraido do livro: Respostas às dúvidas de seus adolescentes de Charles Colson)
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